Considerações sobre infecção por COVID-19 em pacientes com anemia falciforme

Resumo

A anemia falciforme é uma mutação que ocorre no cromossomo 11, levada a uma condição anormal da subunidade β-globina. É caracterizada por alterações no perfil lipídico, hemólise, complicações vaso-oclusivas, inflamação aguda e crônica e lesão múltipla de órgãos. Pode apresentar genótipos como: homozigose da hemoglobina S e heterozigoses da hemoglobina S, HbS-beta-talassemia, heterozigose HbSC e por último HbSD. Já o SARS-Cov-2 é um vírus da família Coronaviridae que mostrou característica genômica distante dos outros vírus, ele usa a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) para obter acesso às células que expressam tal enzima. Objetivo: Apresentar a fisiopatologia da Covid-19 e sua interação com Anemia falciforme, bem como suas consequências clínicas. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura do tipo qualitativo. As pesquisas se basearam nas plataformas PubMed, SciELO e Google acadêmico, consistindo de pesquisa entre os anos de 2007-2020. Resultados: A anemia falciforme não tem um tratamento específico ela está relacionada com a qualidade de vida baseado em medidas gerais e principalmente preventivas. Como prevenção é feito um acompanhamento ambulatorial ao qual tem como objetivo visar a avaliação periódica dos órgãos e sistemas, a fim de serem detectados alterações. Bem como a anemia falciforme, a COVID-19, ocasionada pelo vírus SARS-Cov-2, não possui tratamento para sua erradicação no hospedeiro, somente o suporte necessário às complicações vindouras, e seu período de incubação no organismo varia de 2 a 14 dias, com uma média de 5,2 dias. Em alguns estudos, foram descritos casos de pacientes com anemia falciforme que testaram positivo para COVID-19. Conclusão: Portanto atual situação em que o mundo se encontra devido a pandemia causada pelo SARS-Cov-2, torna-se necessária a pesquisa de casos clínicos e experiências vividas nos hospitais com paciente acometidos pelo vírus.